quarta-feira, 3 de abril de 2013

O verso do dia...


Só pra ver se não perdi a prática
O post de hoje rimado será
Mas os assuntos se repetem
Até quando? Só Deus saberá
Quanto mais se aproximam de nós
Olimpíadas e Copa do Mundo
Mais vejo a imprensa tratando
O povo como moribundo
Povo que não pensa, não entende
Não questiona, não cobra
Povo que a política abandona
E a ele só a sorte é que sobra
A propaganda é de comunidade pacificada
Mobilidade urbana funcional
Segurança pública dominada
E um legado sobrenatural
Mas a realidade não tarda a chegar
Com patrimônios sendo destruídos
Escolas perdendo a importância
E os índios, coitados, desiludidos
Em uma mídia dominada e vendida
Nada disso é divulgado,
O que passa nos jornais
É assunto programado
Secretário dos Direitos Humanos
Ganhando foco principal nos ataques
Enquanto Renan Calheiros e companhia
Só se divertem preparam seus fraques
O espetáculo qual será
Para tão importante gala?
É o povo que está no palco
Mas não consegue dizer sua fala
Enquanto isso os cartolas
Corruptos e inescrupulosos
Aproveitam-se da ilusão do povo
E se tornam mais poderosos
“Viva essa energia” é a máxima
Dos anos que estão por vir
Mas depois de 2016
Quais as desculpas vamos ouvir?
Continuaremos sem transporte público,
Segurança, professores
Saneamento básico, saúde pública
Só com a ditadura dos opressores
O Brasil não precisa de eventos
Que não dá conta de promover
Maquiando uma realidade
Que cedo ou tarde há de aparecer
Precisa sim é que o seu povo sofrido
Por séculos de subdesenvolvimento
Seja enfim respeitado
E que dessa dívida tenha ressarcimento
Dívida com índios, com as mulheres
Com os negros e os homossexuais
Mas também com o pobre, o marginalizado
O violentado por causas banais
O desempregado, o que passa fome
O que não consegue estudar
O pai de família que apesar do esmero
Qualidade de vida aos filhos não consegue dar
O acadêmico que não tem vida
Para formação superior poder alcançar
O povo que sofre e chora
Por uma solução não conseguir vislumbrar
Mas continuamos firmes e fortes
Levantando e sacudindo a poeira
A cada vez que um corrupto
Nos dá mais uma rasteira
Um dia, quem sabe, isso mude
Enquanto isso nos cabe cobrar
E dos nomes que confirmamos nas urnas
Sempre, sem exceção, lembrar.



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