Eu nem tinha me dado conta que já fazia mais de um ano que
não escrevia... Abri o blog assim, só por abrir, olhei a data da última
postagem (06/01/12) e pensei: “Meu Deus, como é que não tem um monte de ideia
engasgada? Como é que não tem letras e palavras e frases e parágrafos e textos
saindo pelos meus ouvidos?”
Foi então que entendi a resposta e não tem nada haver com
crise de criatividade: o ser humano é conformista. Deixei novamente de dar aula
devido à nossa (minha e do meu esposo) volta para Porto Alegre. Trabalho no
comércio e estou ocupada praticamente da hora em que me levanto à hora em que
vou dormir. Mas nos poucos momentos de tranquilidade em meio ao chimarrão, ou
ao almoço, até mesmo no banho, volta e meia surge como um sininho nas ideias um
assunto e penso: “poderia eu escrever sobre isso no blog?!”, e de repente, não mais que de repente, o
ímpeto passa e não escrevo. Fiquei muito triste ao ver que tenho feito isso por
um ano. Isso não se faz.
Sempre me preocupei – e ainda me preocupo – com a qualidade
e sanidade dos meus pensamentos. E tenho uma convicção de que quando eles não são
exteriorizados e nem tomam corpo, a mente atrofia, para de pensar. Neurose?
Talvez, mas o que é a vida se não um amontoado delas dentro da nossa cabeça?
Acredito que uma ideia, quando é concebida, tem que logo
nascer. Quem garante que as correntes filosóficas que tanto conhecemos; que Best
Sellers aclamados e revoluções científicas e tecnológicas não aconteceram dessa
forma?
Naqueles momentos de tranquilidade que falei logo acima,
principalmente nos últimos tempos, eu quis falar sobre várias coisas, mas se
for acumular tudo em um post só (tendo fazendo toda essa introdução sobre mim
mesmo), os assuntos não teriam aqui a mesma clareza com que estão dispostos na
minha cabeça. Então acho melhor ir por partes: primeiro me comprometer a voltar
a escrever, e depois organizar minhas ideias em novos textos.
Nada de gavetas para não trair meu amado Paulo Freire,
apenas uma ordem de pensamentos para que muito assunto não se perca e, com
eles, a chance de uma abordagem a mais na rede para se somar com o monte de
convicções que todo mundo tem de tudo.
E da forma mais inesperada, hoje, um sábado de Fevereiro,
falei um pouco de mim...sem política, sem educação, sem um tema central...só
eu. Simples assim. E quer saber, foi bom!
Seja bem vinda menina escritora.
ResponderExcluirGosto muito de ler o que escreves, da forma como se expressa, dos temas que abordas...