Como não poderia deixar de ser, eu quero – e preciso – escrever sobre o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.

Não vou nem entrar no mérito da confusão que ele causou nos vestibulares, pois existem universidades que o tem apenas com percentual de nota e podem simplesmente desconsiderá-lo; no entanto, há aquelas que o tem como próprio vestibular, e de uma hora pra outra é impossível montar um exame seletivo no improviso. Como resolverão? Não sei, acho que ninguém sabe.
Com tudo isso, um belo dia o advogado da União deu uma entrevista a um jornal falando que a instituição que ele defende não concorda com o cancelamento da prova e nem com a reaplicação da tão famosa prova amarela, porque seria uma injustiça com os outros estudantes que só tiveram uma oportunidade de fazê-la. Mas eu fico aqui me perguntando: a prova foi justa com os milhares de estudantes que tiveram que responder um exame confuso e mal preparado? E vou mais longe: será que era só a tal da prova amarela que tinha problema?

Agora resta esperar e ver quem decidirá o quê. Se o MEC falará mais alto deixando as coisas no dito pelo não dito – o que não é exatamente uma novidade – ou o Ministério Público se valerá do poder de decisão que tem e fará jus a sua real obrigação, que é defender o interesse do cidadão.
Eu espero com muita ansiedade que esse equívoco monumental seja corrigido, pois o país - representado aqui pelo Ministério da Educação - deveria mostrar, no mínimo, respeito por aqueles que se dedicaram e desgastaram.
E é preciso falar, é preciso reivindicar. Porque conivência gera reincidência.
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