(Super Fantástico - A Turma doy Balão Mágico)
Há muito tempo penso em fazer um post com essa música, mas como ultimamente meu dever cívico falou mais alto, fui deixando de lado. Pois bem, vamos dar um tempo na política e, agora, esperar que tudo de certo né!
Super fantástico fez parte da trilha sonora da minha infância, e por mais que eu me sinta ultrapassada quando falo isso, continuarei a falar: as músicas da minha infância eram milhões de vezes melhores do que as que as crianças ouvem hoje em dia.
Quem sabe por eu ter vivido uma infância extremamente musical, sempre achei muito importante a musicalidade na sala de aula. E, é claro, Super fantástico é minha companheira fiel. Vocês acham que os alunos não gostam ou acham graça? Muito pelo contrário, adoram. A primeira vez que fiz uso dela foi durante o primeiro ano que trabalhei com Pré-Escola; para a apresentação no encerramento do ano letivo das crianças. Foi absolutamente lindo.
Quando me tornei professora, passei a pensar nele de formas mais mágica ainda. Pra mim, o balão é a educação. É exatamente como o balão que vejo a sala de aula e a minha atuação nela.
Pra mim, a sala de aula é um lugar de fraternidade, sem essa conversa de que todos são iguais, mas sim, acolhidos em sua diferença. A sala é um lugar de alegria, onde cada vírgula que é aprendida precisa ser uma novidade, precisa instigar a busca pelo conhecimento infinito. Na sala não há espaço pra discriminação, marginalização, preconceito, julgamentos, não cabe idade, cor, credo, enfim, cada um é cada um e juntos somos sempre mais. Na sala cabe o mundo, ah, com certeza cabe. Esse mundo se mostra através das pessoas que dela fazem parte, dos livros e filmes, das ilustrações, mas principalmente da imaginação. Essa é nossa mais valiosa passagem para onde quer que desejemos ir.
A sala de aula é um canteiro extremamente fértil, onde todas as esperanças, expectativas, os sonhos, os projetos, os anseios são depositados, plantados, adubados e, finalmente, colhidos. Muitas vezes essa colheita leva anos, décadas, e é feita quando os alunos já estão muito longe. Pode ser quando estiverem trabalhando, constituindo família, educando seus filhos, participando da sociedade, melhorando o mundo. Não depende de quando, e sim COMO. Se a sementinha foi bem cultivada, fará do mundo muito, mas muito melhor. Olha a nossa responsabilidade. Nós, professores, somos cultivadores de mundo.
Esse é nosso trabalho, essa é nossa missão. E assim como os viajantes do balão, sou feliz, mas muito feliz mesmo por fazer parte dele. Pra mim, a educação em toda sua totalidade é o balão, um balão grande, colorido, com fogo cor de rosa, e no seu cesto cabe o mundo inteiro!!!
Nossa, demais a reflexão relacionando o balão "mágico" com a Educação, mais exatamente o ambiente da sala de aula! A mágica de fato ocorre quando conseguimos considerar as diferenças e através delas avançar nas conquistas. Embora o (a) profissional da Educação tenha que ter uma postura como o Professor de Rubem Alves quando diz:
ResponderExcluir“Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta.
O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
“E, ficando mais rico interiormente, ele
pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”
Mãe, eu AMO esse fragmento do Rubem Alves...tu é fera mulher.
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